Comando nega e diz que relatória do MASC e IESE tem pouco cunho cinetífico.
Enquanto a polícia da Republica de Moçambique, esgalha-se para esclarecer os ataques de um grupo de radicais islâmicos, supostamente pertecentes à seita al-Shabab, que tem semeado terror em Mocímboa da Praia, Mangade e Palma, na província de Cabo-Delgado.
Em relatório do Mescanismo de apoio à sociedade(MASC) e do Instituto de Estados Sociais e Económicos(IESE), sugere a existência de ex agentes da polícia que estão envolvidos no treinamento militar daquele grupo de atacantes.
Enquanto, o comando Geral da PRM desmente os argumentos e diz que tem pouco cunho cientifico.
O estudo confirma que o grupo surgiu nos distritos do norte de Cabo Delgado primeiro como uma organização religiosa, mas a partir de 2015 começou a incluir células militares.
Inicialmente o grupo se chamava “Ahlu Sunnah Wa-Jama”, que significa “adeptos da tradição profética”. Estes acreditavam que o Islão praticado pelas mesquitas ortodoxas em Moçambique era degenerado e se desviara dos ensinamentos do profeta Maomé.
Os pesquisadores do IESE e do MASC (Saide Habibe, Salvador Forquilha e João Pereira) descobriram que o grupo afirmava estar “restaurando os valores tradicionais do Islão”. Porque acreditavam que o Islão moçambicano era uma forma decadente da religião, estes entravam em mesquitas usando sapatos e carregando facas e armas similares – uma atitude que choca muçulmanos ortodoxos. Eventualmente, eles se separaram completamente e estabeleceram seus próprios locais de culto.
O referido grupo quer a imposição da lei da Sharia, e os seus membros recusam-se a reconhecer as estruturas do estado moçambicano.
As fontes do estudo disseram que o grupo tem campos de treinamento nos distritos de Mocímboa da Praia, Macomia e Montepuez, em Cabo Delgado. Em Mocímboa da Praia, onde o grupo realizou os seus primeiros ataques contra instalações policiais, a 5 de Outubro do ano passado, eles estão usando os quintais das casas de propriedade de seus líderes.
Fora do país, estar são treinados por milícias na região dos Grandes Lagos, e também em Kibiti, na Tanzânia.
Domesticamente, diz o estudo, “foram treinados por agentes da polícia moçambicana que foram expulsos da força e agentes dos guardas fronteiriços”.
Quanto ao treinamento fora do país, o estudo diz que “os chefes das milícias foram contratados pela rede Al Shabaab na Tanzânia, Quênia e Somália para treinar recrutas do norte de Moçambique. Em pagamento, os chefes das milícias recebem dinheiro”.
A população local em Cabo Delgado chama o grupo de “Al Shabaab” – aparentemente não por causa de conexões com a organização terrorista somali com esse nome, mas porque a designação significa “a Juventude” em árabe, sendo que este consiste principalmente em jovens muçulmanos de Mocímboa da Praia.